Total de visualizações de página

sábado, 11 de fevereiro de 2012

VALE A PENA. FERNANDO DAL POGETO ( um texto para vestibulandos)



 2012. Acabo de entrar na tão sonhada USP, após fazer dois anos de cursinho, um ano no Anglo da Granja Viana e um, no Etapa Ana Rosa. Consegui entrar em engenharia mecânica, minha primeira opção, na escola politécnica da USP.

Primeiramente gostaria de contar um pouco da minha história de vestibulando. Meu primeiro vestibular foi a Fuvest 2009, estava no segundo ano do colegial, queria fazê-lo para ver como era, fiz 43 pontos. No ano seguinte, prestei novamente, alcancei 51, esta, uma grande evolução. E fui pro cursinho pensando, que seria “moleza” passar na Fuvest: " Se não estudei durante o colegial inteiro e fiz 51 pontos, agora com um ano de cursinho eu faço 70 brincando".
Mas há um porém. Em 2010 eu estava namorando e eu bem mais interessado em namorar do que em estudar. Daí acabei não estudando direito e... fiz apenas 56 pontos.

Com a performance na Fuvest 2011 muito aquém das minhas expectativas fiquei triste, mas hoje já posso dizer que é com grandes decepções que aprendemos as mais valiosas lições. Mais do que claro que eu precisava estudar muito para poder alcançar meu objetivo.

Em 2011 eu terminei meu namoro e objetivei só o vestibular, fui fazer cursinho no Etapa Ana Rosa, pois meu irmão, meu primo e as filhas de uma professora minha do colégio tinham passado por lá. E todos passaram na USP.
Todo dia eu acordava às 4:30 da manhã para ir pro cursinho. Já no metrô, para aproveitar o tempo, ia estudando, geralmente humanas, porque só necessitava ler, interpretar e responder. Era bem sofrido, estudava além do que eu parecia suportar. E, quando chegou no meio do ano, meu pai falou que era para eu fazer aula particular de redação com uma professora chamada Rose Marinho Prado.



Primeiro dia de aula com a Professora:
- O que você quer cursar na faculdade?
- Engenharia mecânica na USP, eu quero trabalhar com carros, professora!
- Mas é isso mesmo que você quer fazer? Tem certeza? Trabalhar com máquinas sujas que poluem nosso ar e que foram criadas no século XIX?
- É isso mesmo que eu quero, professora!

 Respondi, indignado com a pergunta.
Mas daí começou a aula e ela perguntou se eu sabia escrever uma redação, fui sincero e disse que não. Ela mandou que eu escrevesse já durante a aula.
Resultado: “FERNANDO VOCÊ REALMENTE NÃO SABE ESCREVER UMA REDAÇÃO, VAMOS TER QUE COMEÇAR TUDO DO ZERO! VOCÊ NÃO SABE PONTUAR, NEM ESTRUTURAR IDEIAS. VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A ESTUDAR BASTANTE E APRENDER? AINDA HÁ TEMPO!”
Eu respondi que sim e ela falou que o desafio era grande, mas que estava disposta a ajudar.

 Após muitas aulas e muitas redações era visível minha melhora.
Fui para a primeira fase da Fuvest, fiz 70 pontos, passei para a segunda fase. Acabada a euforia, voltei a estudar.
Muitos amigos não saltaram para a segunda fase, já aproveitavam as férias. Por isso, foi  difícil ir todo dia para o cursinho e vê-lo cada dia mais vazio, natal, ano novo, todo mundo comemorando e eu lá, estudando: "Mas é assim mesmo".

Conforme a prova da segunda fase foi chegando, comecei a ficar nervoso, inseguro; pensava que não ia conseguir, pensamentos negativos mas super normais. Se você se pegar com esses pensamentos, bom sinal, você se preocupa com a prova e está levando o vestibular a sério. Mas é preciso deixar esses pensamentos de lado e ter confiança. Meus amigos foram importantíssimos nessa época, sempre me apoiando e me motivando.

Mas nessa época de dúvida e insegurança eu não parei de estudar nem de fazer redações. Chegou a semana que antecedia a segunda fase, fiz muitas redações. Nem sei quantas, a professora ia mandando propostas sem parar. Nossa!
Até a Rose falou: “Fernando, você está preparado para a prova, vá com tranqüilidade e arrebenta!”.

Segui a dica dela, saí andando pra prova. Fiquei tranqüilo( o que não significa que não fiquei nervoso!) e arrebentei. O primeiro dia era meu problema, mas saberia mais tarde: nunca fui tão bem em português! E nos dias seguintes sentia segurança. Consegui entrar na tão sonhada USP!

Escrevi tudo isso para mostrar que batalhar pelos seus sonhos vale a pena, o caminho é árduo e longo, mas, no final, cada segundo que passou nele, será recompensado!
Em suma, o que eu quis dizer a você, vestibulando,é que estudar é difícil, cansativo e CHATO, mas acredite em mim, se você se esforçar, superar e acreditar no seu sonho de entrar na faculdade que você tanto sonha, você vai conseguir. Pode ser que demore, mas vai. E, quando você conseguir, todo o seu esforço, todas as horas investidas nos estudos, tudo pelo que passou, se reduz a um sentimento de alegria, de dever cumprido e de alívio e a única coisa que você conseguirá falar será: PASSEI!!
E neste glorioso momento no qual você gritar, tudo que penou se perde no espaço, vira uma vaga lembrança e você perceberá que tudo que  enfrentou valeu a pena! Como diz o poeta português, Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena.”
Um amigo me disse dia desses e digo para você agora, a dor e o cansaço são passageiros, mas o orgulho é eterno!
Muito boa sorte nesta longa caminhada, espero muito que você estude bastante e realize seu sonho de conseguir uma vaga na faculdade e caso queira POLI-USP, prepare-se pois você será meu bixo!
Música surpresa.
http://www.youtube.com/watch?v=T9sLTqIWfuw

Nenhum comentário:

Postar um comentário

?