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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Escreva um manifesto contra o trote violento. Use ideias contidas neste texto.


Nota zero para o trote violento na universidade  (Correio Popular – Editorial – 09/02/11)
Todo ano é a mesma coisa. Jovens caro-pintado pelas ruas, esmolando de forma divertida ou obediente nos semáforos. Cabeça raspada. Bares lotados. Esse é um lado da moeda. Na região de Campinas, é o cenário mais comum. Do outro, selvagem e reprovável, bixos coagidos por veteranos submetem se a um ritual de passagem que, invariavelmente,termina muito mal. Não são poucos os casos de abusos relatados pela imprensa na recepção aos novos universitário sem todo o País. Estudantes em coma alcoólico, queimados por produtos tóxicos,

sujos de lama, exauridos por brincadeiras perigosas e sem graça. Ainda que os programas de acolhimento aos jovens, nessa fantástica fase da vida, têm buscado a integração solidária e formas alternativas de trote, a verdade é que acultura do sofrimento ainda impera em algumas unidades antes do início das aulas. O vestibular já é em si um ritual de passagem. É muita pressão, expectativa, ansiedade e sofrimento. As universidades públicas, mais concorridas, já representam um fantasma na vida de muitos deles. Acrescentar a humilhação do trote violento a essa alegria estudantil é uma inversão de valores, que em nada contribui para o processo de recepção. Algumas das principais instituições universitáriasdo País, entre elas a Unicamp e a USP, já começaram a divulgar a lista de aprovados. Depois de uma estressante maratona, é hora de celebrar a vitória. Por isso, cabe aos próprios estudantes, pais e dirigentes das escolas acender o sinal amarelo. Toda e qualquer manifestação que exceda o limite do bom senso deveria ser denunciada pelos jovens, sem constrangimento. As direções das faculdades têm de facilitar os mecanismos de denúncia e, sobretudo, reforçar as campanhas de conscientização e vigilância nos campi. É preciso ficar claro para a sociedade que, em caso de abuso, os algozes serão punidos. Ou, pelo menos, deveriam. A impunidade é um dos grandes alimentadores da selvageria, encorajando a atitude covarde, invariavelmente em grupo. Que iniciativas solidárias e cidadãs sejam ainda mais  zero da violência sem sentido.

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