DE SÃO PAULO "O ódio desses jovens é um pedido de socorro", avalia Wilson Tafner, promotor da infância e juventude. "É um grito de amor frustrado. É mais fácil dizer que odeia do que pedir para ser amado." Essa frustração, para Tafner, vem da ausência de convivência entre pais e filhos na infância, que se desdobra em uma juventude sem diálogo. "Não dá para criar um filho sem estar presente e, um dia, querer impor limites", afirma Mara Pusch, professora de psicologia da PUC. A orientação dos especialistas consultados pelo Folhateen é investir na conversa ou procurar terapia familiar. Mesmo que, no começo, não seja fácil -ou agradável. "Quando a raiva se torna crônica, o diálogo é interrompido e os sentimentos se petrificam", diz a psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora de "Comunicação Entre Pais e Filhos" (Integrare). "Os jovens veem as frustrações com lente de aumento, esquecem da parte boa da relação com o pai e a mãe." Há também, como alerta o hebiatra Maurício de Souza Lima, um exagero típico da juventude. "Eles amam todo o mundo. Do mesmo jeito, falam que sentem ódio." (DB) Frases "Olho para ele, hoje, e sei que é meu pai. Mas não existe amor" FERDINANDO, 16 "Falei para meu pai escolher entre mim e minha madrasta. Ele escolheu ela. Então pensei: por que me esforço tanto para me dar bem com ele?" CARLA, 17 |
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domingo, 23 de outubro de 2011
"Ódio é grito de amor frustrado do jovem"
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO
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