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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Marchar para acabar com a corrupção?

Se esse pensamento é mesmo do El Pais não sei, estava lá no Facebook. 
Mas aí vai. Boa proposta .
“Que país é este que junta milhões numa marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica, muitas centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção?”
Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal El Pais.



DEFINIÇÃO



'É apenas em sentido figurado que a palavra corrupção tornou-se o que é hoje na língua portuguesa e, com especial dramaticidade, no Brasil: o nome de uma prática ilegal, mas praticamente institucionalizada, de compra e venda de favores, sobretudo com a participação de representantes do poder público.
O sentido original de corrupção, termo do século 14 que fomos buscar no latim corruptionis, é outro: apodrecimento, deterioração, decomposição física, putrefação, decadência. O que faz todo o sentido, mas…(...)

No reino da matéria orgânica, o destino do que é podre é ser jogado fora para não contaminar o que é sadio, ponto final. Se não é esse o destino do corrupto, fica comprovado que alguma outra coisa – não apenas ele – não cheira bem'.

tEXTO DO JOÃO UBALDO
"(...) E os parlamentares, se não são todos ladrões em sentido amplo, são beneficiários impudentes de uma abundância obscena de privilégios, a começar pelo imoralíssimo foro especial, que os põe numa acintosa classe acima dos governados, a quem não prestam satisfações e cuja vontade ignoram, se não coincide com seus interesses. Há sentido nas miríades de "ajudas", nos fantásticos seguros de saúde, nas generosíssimas viagens e em tudo mais de que desfrutam para mal e pouco trabalhar, isto quando trabalham? Os estrangeiros têm dificuldade em compreender como uma sociedade aceita esse deboche deslavado, que ainda lhe é impingido com arrogância e ostentação de poder. Não acho de todo descabida a semelhança que vejo entre esses privilégios e os da corte de Luís XIV, na França do século 18. De fato, como já disse aqui, o Estado entre nós não é o rei, que não temos; mas o Estado entre nós é dos governantes e a soberania é deles, respeitados os donos da economia.
No serviço público, a falta de compostura e o nepotismo, embora hoje disfarçado pelos intrincados laços familiares dos brasileiros, são a regra. O que é público não é de ninguém, começando pelo material de escritório levado para casa e terminando pelos cartões corporativos. Ocupantes de cargos públicos de relevância se associam secretamente a empresas de "consultoria" e assim ganham fortunas, fazendo na verdade advocacia administrativa e tráfico de influência. Egressos do serviço público caem na mesma prática, pois o serviço público aqui não é para o público, mas para quem o presta, ou alega prestar. O serviço público é uma oportunidade para "se fazer". Comportam-se assim até os menos rapineiros, que se contentam em "colocar" um filho aqui ou acolá, ou bem encaminhar seu futuro depois da política, apesar de já bastante acolchoado por aposentadorias magnânimas e benesses
LINKS
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/palavra-da-semana/a-corrupcao-nasceu-no-desvio-mas-aderiu-ao-sistema/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+SobrePalavras+%28Sobre+Palavras%29 liberais''. http://arquivoetc.blogspot.com/2011/07/estao-querendo-enganar-quem-joao-ubaldo.html

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